Liverpool e Arsenal fizeram o primeiro clássico da Premier League 2010-11 e não decepcionaram os espectadores saudosos por bons jogos. O Liverpool busca sua reestruturação. Novo técnico, novos contratados e a perspectiva de uma temporada melhor. Por isso, o Anfield esteve lotado de torcedores que entoavam o mantra “You’ll Never Walk Alone”, que mexe com todos que gostam de futebol.
Já o Arsenal segue sofrendo com o azar. O departamento médico está sempre cheio e toda semana é “reforçado”. O recém-contratado zagueiro Koscielny quase foi mais um, depois de receber entrada duríssima de Joe Cole no final da primeira etapa. O meia dos Reds, apagado até ali, foi corretamente expulso pelo árbitro – que também deveria ter expulsado Wilshere, do Arsenal, em lance parecido, mas errou no uso do critério.
Logo depois, acabava uma primeira etapa completamente dominada pelos Gunners. Nasri, jogando na posição de Fàbregas, controlava o meio-campo e ditava o ritmo do jogo. Wilshere distribuia passes inteligentes e a movimentação de Eboué dava certo trabalho aos defensores dos Reds. Mas, sem finalização não há gol e o Arsenal pecava nisso.
Na volta do intervalo, parecia que quem estava com desvantagem numérica era o time de Wenger. Roy Hodgson armou bem sua equipe para compensar a ausência de Joe Cole e dominou os 15 minutos iniciais. E em uma falha da saída de bola do Arsenal, Mascherano, muito bem na partida, rolou para N’gog encher o pé e abrir o placar.
Com o gol, o Liverpool fez o que era mais inteligente: tentar se segurar e aproveitar os contra-ataques. O Arsenal sentia falta da inspiração de Arshavin, espécie de talismã em jogos no Anfield. As entradas de Walcott e Rosicky melhoraram a mobilidade dos Gunners, que continuavam pecando na hora de finalizar. Quando acertou, Rosicky fez belíssima tabela com van Persie e finalizou buscando o ângulo, mas Pepe Reina fez uma defesa extraordinária, com a ponta dos dedos. Parecia que o goleiro seria o herói da noite.
Parecia. No minuto final do tempo regulamentar, o espanhol fez tudo errado. Saiu mal para cortar cruzamento na direção de Chamakh, a bola tocou no atacante francês, bateu na trave e, quando ia em direção às mãos de Reina, o goleiro não segurou e a botou contra a própria meta.
Erros definiram o bom clássico no Anfield. Joe Cole e seu carrinho desnecessário, a saída de bola mal-feita da defesa dos Gunners e Reina e sua “mão de quiabo”. Esperamos que todos os clássicos tenham a mesma emoção que o de hoje.
Cheguei ao site de vocês via Blog do Marra. Está muito bom. Parabéns e boa sorte.
ResponderExcluirJoão Ricardo, do FutPopClube