sexta-feira, 6 de agosto de 2010

De volta ao azul

Só há uma maneira de descrever a carreira de Ramires: de tirar o fôlego. Em 2007, saiu do Joinville para acertar com o Cruzeiro, já com ramires_cruzeiro_15022009_1 seus 20 anos – idade considerada alta para um jogador aparecer para o futebol. No ano seguinte se tornava peça-chave na equipe, levando prêmio de melhor volante do Brasileirão e esteve nas Olimpíadas de Pequim com a Seleção. Em 2009, era o destaque da equipe que conseguiu o vice-campeonato da Libertadores. No mesmo ano, acertou sua ida ao Benfica, onde se firmou rapidamente, ajudando a equipe a vencer a Liga Sagres. Na Seleção, a Copa das Confederações garantiu a Ramires o passaporte para sua primeira Copa do Mundo onde, apesar da decepção do time de Dunga, foi um dos poucos a se salvar.

Agora, o meia apelidado de “Queniano Azul” pela torcida cruzeirense, volta a usar uma camisa azul em sua carreira: a do Chelsea. Chega muito elogiado por Carlo Ancelotti e com o prestígio de ser a maior  contratação dos Blues para a temporada 2010-11 – 22 milhões de euros. ramires-benfica-getty-300

Ramires tem tudo para dar certo na Inglaterra. É um raro profissional no meio da bola, avesso às badalações, sempre correto, família e que pensa exclusivamente em fazer o seu melhor em campo. Apesar do porte físico franzino, não costuma ter lesões sérias.

Com a bola no pé, Ramires reúne todas as características de um bom meia moderno: desarma e sai para o jogo com a mesma eficiência. Isso  sem contar a visão de jogo, o faro de gol e a velocidade, explícita em seu apelido nos tempos de Cruzeiro.

Ramires chega a um clube com estrutura ímpar, que está sempre brigando por todos os títulos da temporada e terá ao seu lado grandes craques como Lampard, Essien, Malouda e Drogba. Mesmo com um elenco tão qualificado, não vai demorar muito para Ramires se tornar ídolo de mais uma torcida por onde passa.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog. Tá muito legal.
    Só um acréscimo: o Ramires passou pelo São Caetano antes de vir para o Cruzeiro. Aquele time treinado pelo Dorival Jr. que chegou à decisão do Paulista. Foi o DJ que trouxe ele pra cá.
    Um outro acréscimo. A diretoria do Cruzeiro comemorou a venda dele pro Chelsea, por conta de um troco que vão receber por terem uma parcela na formação do atleta. A venda do Cruzeiro pro Benfica foi um péssimo negócio. Dias antes da convocação do jogador pra Copa dos Confederações, quando realmente apareceu pro mundo. Depois ficamos sabendo que o Kia estava na jogada. Negócio ruim pro clube e bom pra empresário, óbvio. Como tem sido no Cruzeiro, capitania hereditária da família Perrella.
    Abraço.

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