Só há uma maneira de descrever a carreira de Ramires: de tirar o fôlego. Em 2007, saiu do Joinville para acertar com o Cruzeiro, já com seus 20 anos – idade considerada alta para um jogador aparecer para o futebol. No ano seguinte se tornava peça-chave na equipe, levando prêmio de melhor volante do Brasileirão e esteve nas Olimpíadas de Pequim com a Seleção. Em 2009, era o destaque da equipe que conseguiu o vice-campeonato da Libertadores. No mesmo ano, acertou sua ida ao Benfica, onde se firmou rapidamente, ajudando a equipe a vencer a Liga Sagres. Na Seleção, a Copa das Confederações garantiu a Ramires o passaporte para sua primeira Copa do Mundo onde, apesar da decepção do time de Dunga, foi um dos poucos a se salvar.
Agora, o meia apelidado de “Queniano Azul” pela torcida cruzeirense, volta a usar uma camisa azul em sua carreira: a do Chelsea. Chega muito elogiado por Carlo Ancelotti e com o prestígio de ser a maior contratação dos Blues para a temporada 2010-11 – 22 milhões de euros.
Ramires tem tudo para dar certo na Inglaterra. É um raro profissional no meio da bola, avesso às badalações, sempre correto, família e que pensa exclusivamente em fazer o seu melhor em campo. Apesar do porte físico franzino, não costuma ter lesões sérias.
Com a bola no pé, Ramires reúne todas as características de um bom meia moderno: desarma e sai para o jogo com a mesma eficiência. Isso sem contar a visão de jogo, o faro de gol e a velocidade, explícita em seu apelido nos tempos de Cruzeiro.
Ramires chega a um clube com estrutura ímpar, que está sempre brigando por todos os títulos da temporada e terá ao seu lado grandes craques como Lampard, Essien, Malouda e Drogba. Mesmo com um elenco tão qualificado, não vai demorar muito para Ramires se tornar ídolo de mais uma torcida por onde passa.
Parabéns pelo blog. Tá muito legal.
ResponderExcluirSó um acréscimo: o Ramires passou pelo São Caetano antes de vir para o Cruzeiro. Aquele time treinado pelo Dorival Jr. que chegou à decisão do Paulista. Foi o DJ que trouxe ele pra cá.
Um outro acréscimo. A diretoria do Cruzeiro comemorou a venda dele pro Chelsea, por conta de um troco que vão receber por terem uma parcela na formação do atleta. A venda do Cruzeiro pro Benfica foi um péssimo negócio. Dias antes da convocação do jogador pra Copa dos Confederações, quando realmente apareceu pro mundo. Depois ficamos sabendo que o Kia estava na jogada. Negócio ruim pro clube e bom pra empresário, óbvio. Como tem sido no Cruzeiro, capitania hereditária da família Perrella.
Abraço.