terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Birmingham quer brilhar

Um dos clubes que melhor movimentou o último dia de transferências  na Inglaterra foi o Birmingham, ao acertar as contratações de Alex hleb1EPA_450x385Hleb, do Barcelona, Jean Beausejour, do América-MEX e Martin Jiranek, do Spartak Moscou.

Desde a pré-temporada, o Brum vem mostrando que não quer mais uma temporada de figuração. Fabio Grosso, Mauro Camoranesi e Trezeguet foram alguns dos nomes “bombásticos” que chegaram a negociar, mas não acertaram o contrato. Até que, na “prorrogação”, bons nomes vieram para fortalecer a equipe de Alex McLeish.

Hleb é ótimo jogador. O meia bielorusso apareceu no Stuttgart, mas chamou atenção enquanto esteve no Arsenal, entre 2005 e 2008. AJapan v Chile International Friendly yYL1vcaZEfylpesar de ser alto, é habilidoso e tem ótima visão de jogo. Não tinha  espaço no Barcelona, mas encaixará como uma luva nos Blues. Fica emprestado por uma temporada.

Beasejour é um nome que dá calafrios à torcida gremista. Esteve no clube gaúcho em 2005, mas pouco mostrou. Ficou um tempo “sumido”, até reaparecer em plena Copa do Mundo e ser fundamental no esquema de Marcelo Bielsa, onde atuou como meia e ponta esquerda e marcou um gol, sendo inclusive o melhor em campo na vitória contra Honduras. Era claro que não continuaria no America do México. Assina com o Birmingham por três temporadas e é um nome a ser observado.

Por último, Martin Jiranek, que também tem experiência de Copa do Mundo (jogou a de 2006 pela seleção da República Tcheca) e era titular Spartak Moscow v Rubin Kazan Premier Liga tcxc1YT-tNmle capitão do bom time do Spartak Moscou. É um zagueiro de boa estatura (1,90m) e experiente (31 anos). Poderia muito bem estar reforçando muitos clubes da Premier League, mas o Birmingham foi  mais esperto e acertou contrato de um ano com o jogador. Aposto que terá vida mais longa por lá.

Os valores das transferências de Beausejour e Jiranek não foram divulgados, mas fica claro que o Brum não mediu esforços para se reforçar e melhorar o time que já era equilibrado. Vem surpreendendo nas três primeiras rodadas, onde ocupa a sexta posição e está invicto. Com os novos contratados e a ajuda da torcida, não se surpreenda se roubar o lugar de Aston Villa ou Fulham e garantir vaga na Europa League.

Podcast #3

(clique aqui se prefere baixar e ouvir no player de sua preferência)

Está no ar nosso terceiro podcast, comentando – propositalmente, claro – a terceira rodada da Premier League 2010-11. Além dos jogos, falamos sobre a convocação de Fabio Capello, as últimas especulações antes do encerramento da janela de verão e respondemos as perguntas que chegaram via twitter. Tudo isso em pouco mais de 25 minutos. Ainda deu tempo de uma piadinha ou outra.

Se gostar, não deixe de comentar aqui embaixo. Até a próxima!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A rodada dos coadjuvantes

Nada de Drogba, Rooney ou Fàbregas. Sim, os dois primeiros marcaram, mas de pênalti. A rodada foi mesmo daqueles jogadores importantíssimos para Chelsea, Manchester United e Arsenal, mas que não têm o status de estrela.

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No Chelsea, Malouda abriu o caminho para a vitória contra o Stoke City, além de sofrer um pênalti desperdiçado por Lampard. O francês chegou ao seu quarto gol no campeonato e é um dos artilheiros. O curioso é que ele abriu o caminho da três vitórias do líder – e único 100% até aqui. Aliás, a campanha dos Blues é impecável, com 14 gols marcados e nenhum sofrido. O Chelsea é claramente superior aos seus adversários. Ramires entrou nos cinco minutos finais e não teve tempo de mostrar muita coisa.

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Nani fez mais uma grande exibição pelo Manchester United. Se movimentou muito e acabou com a defesa do West Ham. No segundo gol dos Red Devils, cortou seu defensor de uma maneira que deve ter causado uma lesão nas costas, antes de finalizar com perfeição. Sem contar o golaço do contestado Berbatov, de voleio. O mais bonito da atual edição da Premier League. A partida foi importante também pelo reencontro de Rooney e o gol, seu fiel companheiro, mas ausente desde a temporada passada.

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No Arsenal, o destaque foi Walcott, que chamou Givet, defensor do Blackburn, para dançar e deu show. As principais jogados ofensivas dos Gunners eram realizadas por aquele lado direito. Para coroar sua atuação, Walcott marcou o primeiro gol da partida e também lidera a artilharia, com os mesmos quatro gols que Malouda, Carrol e Drogba. No final da partida, o Arsenal recuou demais e quase permitiu o empate do adversário, mas contou com uma boa – e rara - atuação de Almunia.

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Entre os quatro clubes mais tradicionais, o único que contou com sua estrela como destaque foi o Liverpool. Fernando Torres marcou o único gol da vitória contra o West Brom em Anfield, após aproveitar belo cruzamento de Kuyt. Tirando a bela atuação de El Niño, os Reds não estiveram bem na partida. A chegada de Raul Meireles será fundamental para melhorar o toque de bola no meio-campo da equipe, fazendo uma função parecida com a exercida por Fàbregas no Arsenal.

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O Manchester City teve o jogo na mão e não soube aproveitar. Tévez perdeu aquele típico gol que até a minha avó faria e os Citizens foram dominados na parte final da partida. No último minuto, pênalti de Richards em Bent e o atacante não desperdiçou. Festa total no Stadium of Light. Vale destacar também a bela atuação do jovem atacante Welbeck, emprestado pelo Manchester United aos Black Cats e que jogou muito na segunda etapa.

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Já que falamos de coadjuvantes, não podemos esquecer dos belos inícios de Bolton, Birmingham e Wolverhampton, que seguem invictos na Premier League e com boas atuações. E do péssimo momento de West Ham e Stoke City, que foram bem na temporada passada e ainda não pontuaram, ocupando as duas últimas posições na tabela. Vale lembrar o óbvio: em pontos corridos, as três rodadas inicias valem o mesmo que as três finais. Que liguem o sinal de alerta.

Capello convoca para estreia nas eliminatórias da Euro 2012




Fabio Capello, cada vez mais contestado no posto de treinador do English Team - essa semana, foi acusado por alguns jogadores que dizem que o italiano não sabe se relacionar com o grupo - convocou a lista dos que estarão nas duas primeiras partidas pelas eliminatórias da Eurocopa 2012, que será realizada na Polônia e na Ucrânia.

Enfrentarão Bulgária (dia 3 de setembro) e Suíça (7), os seguintes jogadores:

Goleiros: Scott Carson (West Bromwich), Ben Foster (Birmingham) e Joe Hart (Manchester City);
Defensores: Gary Cahill (Bolton), Ashley Cole (Chelsea), Michael Dawson (Tottenham), Kieran Gibbs (Arsenal), Phil Jagielka (Everton), Glen Johnson (Liverpool), Joleon Lescott (Manchester City) e Matthew Upson (West Ham);
Meio-campistas: Gareth Barry (Manchester City), Michael Carrick (Manchester United), Steven Gerrard (Liverpool), Adam Johnson (Manchester City), James Milner (Manchester City), Theo Walcott (Arsenal), Shaun Wright-Phillips (Manchester City) e Ashley Young (Aston Villa);
Atacantes: Darren Bent (Sunderland), Carlton Cole (West Ham), Peter Crouch (Tottenham), Jermain Defoe (Tottenham) e Wayne Rooney (Manchester United).

domingo, 29 de agosto de 2010

Atacante especulado no Liverpool tem versão de rap brasileiro em seu clube

Os Reds agiram rapidamente e, logo após a venda de Mascherano para o Barcelona, trouxeram o meia Raul Meireles, do Porto e da seleção ED_TOIVONEN_768767_1107753blusa. Com a “troca”, o time lucrou cerca de 7 milhões de libras.

A torcida espera que o dinheiro seja usado em um novo atacante para reforçar o elenco. Em enquete realizada pelo portal Goal.com com os nomes já especulados, a preferência geral é pelo sueco Ola Toivonen, 24 anos e 1,93m de altura.

O curioso é que a torcida do PSV, time de Toivonen, canta para o atacante uma versão do “Rap das Armas”, rap brasileiro que ficou famoso internacionalmente depois do sucesso no filme “Tropa de Elite”. A música já foi adaptada também pela torcida do Djurgårdens, time sueco, e por clubes gregos.

O cara do jogo

Cada partida na Premier League é única. Todas elas, sem exceção alguma, têm uma boa história pra contar. O confronto entre Bolton Wanderers e Birmingham City não foi diferente. Evidentemente, toda história tem um personagem, e a de hoje foi a de Roger Johnson. Revelado nas categorias de base do modesto Wycombe Wanderers, Johnson nunca esteve nos holofotes da mídia. Mas quis o destino da bola que as atenções deste domingo se voltassem ao zagueiro de 27 anos dos Blues.


Com pouco menos de 4 minutos do primeiro tempo, Johnson aproveitou cruzamento vindo da esquerda e abriu o placar no Reebok Stadium, colocando os Blues na frente. O Bolton, abatido com o gol logo no início, não conseguia se encontrar em campo. As coisas pioraram quando o goleiro Jussi Jaaskelainen trombou com Roger Johnson e, imprudentemente, deu um tapa no rosto do zagueiro na sequência do lance. Com a expulsão do arqueiro finlandês, o técnico do Bolton, Owen Coyle, se viu obrigado a retirar uma peça importante da equipe (Martin Petrov) para colocar o goleiro reserva Adam Bogdam.


Com a vantagem no placar e um homem a mais em campo, o Birmingham recuou e passou a administrar o resultado, chegando a marcar o segundo gol com Craig Gardner. O recuo dos Blues só alimentou as esperanças do Bolton, que começava a crescer na partida. Eis que surge Roger Johnson derrubando Kevin Davies na área e o árbitro Kevin Friend não deixou o lance passar batido, marcando a penalidade máxima. O próprio Davies converteu o pênalti em seguida, diminuindo para os Trotters. O Birmingham não mudou de postura e continuou acreditando que sairia com a vitória do Reebok Stadium apenas administrando a vantagem. Puro engano, já que Robbie Blake, que havia entrado no lugar de Elmander minutos antes, acertou uma bela cobrança de falta, empatando o dramático jogo.


O responsável por abrir o placar para o Birmingham, a vítima do ataque de Jaaskelainen (deixando o Bolton com um menos desde o primeiro tempo) e o vilão que cometeu o pênalti sobre Davies, iniciando a reação dos Trotters. Esta foi a história de Roger Johnson, o cara do jogo.

sábado, 28 de agosto de 2010

De empate em empate…

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Bela enfiada de bola do recém-contratado Dembélé, ex-AZ Alkmaar, Etuhu ganha na velocidade e toca por cima de Gilks. O cronômetro marcava 87 minutos e o gol garantia o empate do Fulham contra o Blackpool, fora de casa. O 2 x 2 poderia ser uma vitória, já que os Cottagers jogavam fora de seus domínios.

Mas não foi. O Fulham precisava da vitória para finalmente engatar e pensar em uma temporada tão boa quanto a que passou. Até agora, três jogos e três empates. Claro que a partida contra o Manchester United poderia ser “relevada”, mas era no Craven Cottage, United sem Rooney e o Fulham completo.

Já está mais do que na hora da vitória sair. A próxima partida é contra o Wolverhampton, em casa. Os três pontos serão obrigatórios e Mark Hughes sabe disso. De empate em empate, a galinha não enche o papo…

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Prévia - 3ª Rodada - Sábado - 28/08

Confira abaixo a prévia dos principais jogos deste sábado, abrindo a 3ª Rodada da Premier League:

BLACKBURN ROVERS x ARSENAL

Ewood Park, 08h45 - O embalado Arsenal terá a difícil missão de derrotar o Blackburn na fortaleza de Ewood Park, onde os Rovers perderam apenas 3 jogos (não sendo derrotado por NENHUM dos 4 grandes) na temporada passada. Os Gunners não vencem fora de casa desde Março, e para piorar, a última visita ao Ewood Park não foi agradável: derrota por 2 a 1, sendo a primeira vitória do Blackburn em 8 confrontos com o Arsenal pela Premier League (instituída em 1992-93). A grande aposta dos londrinos será o atacante Robin van Persie, que marcou 10 gols nas 9 últimas partidas contra o Blackburn em jogos por todas as competições. Se vencerem, os Rovers serão o 12º clube a atingir a marca de 1000 vitórias em jogos da primeira divisão.


O técnico Sam Allardyce não terá Keith Andrews (virilha) a sua disposição. Pascal Chimbonda (nariz), David Dunn (virilha) e Vicenzo Grella (panturrilha) são dúvidas para a partida. O técnico Arsène Wenger não terá Bendtner (virilha), Nasri (joelho), Ramsey (perna) e Frimpong (joelho). Denílson (ritmo de jogo) e Sébastien Squillaci (ritmo de jogo) são dúvidas para a partida.


ÁRBITRO: Chris Foy

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - BLACKBURN: Robinson; Salgado, Samba, Nelsen, Givet; Jones, N'Zonzi, Pedersen, Diouf, Olsson e Kalinic.

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - ARSENAL: Almunia; Sagna, Vermaelen, Koscielny (Squillaci), Clichy; Diaby, Wilshere (Song ou Denílson), Fabregas (Rosicky); Walcott (Eboué), Arshavin e Chamakh (van Persie).

CHELSEA x STOKE CITY

Stamford Bridge, 11h - O Chelsea marcou 29 gols nas 5 últimas partidas pela Premier League (uma assustadora média de 5,8 gols por partida), sendo 7 deles sobre o Stoke City em Stamford Bridge na temporada passada, em Abril. Os Blues estão há 496 minutos sem sofrer um único gol do adversário. Gareth Bale (Tottenham) foi o último a balançar a redes azuis, em Abril. Os Potters perderam 3 das 4 últimas partidas fora de casa, não vencem em Stamford Bridge desde 1974 e ganharam em apenas um dos 8 últimos jogos pelo campeonato.


O técnico Carlo Ancelotti não terá Branislav Ivanovic (costas), José Bosingwa (coxa), Gäel Kakuta (costas) e Jeffrey Bruma a sua disposição. O técnico Tony Pullis não terá Sidibe (tendão de Aquiles). Kenwyne Jones (tornozelo) e Liam Lawrence (virilha) são dúvidas para a partida.


ÁRBITRO: Martin Atkinson

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - CHELSEA: Cech; Ferreira, Alex, Terry, Ashley Cole; Mikel (Ramires), Essien, Lampard; Anelka, Malouda e Drogba.

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - STOKE: Sorensen; Huth, Faye, Shawcross, Higginbotham; Delap, Whitehead, Whelan, Etherington; Fuller e Jones (Walters ou Tuncay).

MANCHESTER UNITED x WEST HAM UNITED

Old Trafford, 13h30 - O West Ham United faz o pior início de campanha na Premier League da história do clube, perdendo as duas primeiras partidas, concedendo 6 gols e marcando apenas um. O Manchester United venceu os cinco últimos confrontos contra os Hammers, marcando 14 gols e sofrendo apenas um. Wayne Rooney espera encerrar sua seca de gols contra os londrinos: o "Shrek" está há 13 partidas - pelo Man Utd e pela Seleção Inglesa - sem balançar as redes. Os Red Devils venceram 11 das 12 últimas em casa pelo campeonato. O West Ham não vence uma partida fora de casa desde a primeira rodada da temporada passada.


O técnico Sir Alex Ferguson não terá Owen Hargreaves (joelho) a sua disposição. Anderson (joelho) e Rio Ferdinand (joelho) são dúvidas para a partida. O técnico Avram Grant não terá Behrami (coxa), Thomas Hitzlsperger (coxa), Zavon Hines (joelho), Jack Collison (joelho) e Peter Kurucz (joelho).


ÁRBITRO: Mark Clattenburg

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - MAN UTD: van der Sar; O'Shea, Vidic, Evans, Evra; Valência, Fletcher, Scholes, Nani; Berbatov e Rooney.

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - WEST HAM: Green; Reid, Tomkins, Upson (Gabbidon), Illunga; Faubert, Noble, Parker, Kovac, Dyer e C. Cole.

OUTROS JOGOS:

BLACKPOOL x FULHAM - 11h - Bloomfield Road - ÁRBITRO: Micheal Oliver
TOTTENHAM x WIGAN - 11h - White Hart Lane - ÁRBITRO: Phil Dowd
WOLVERHAMPTON x NEWCASTLE - 11h - Molineux Stadium - ÁRBITRO: Stuart Attwell

Mais uma vitória do “beicinho”

Robinho é o rei do beicinho. Começou no Santos, era ídolo, fez  beicinho e foi para o Real Madrid. Não rendeu o esperado – muito Robinho-um-craque-brasileiro menos chegou perto de ser o melhor do mundo, como disse que seria – , era banco, fez beicinho, foi para o Manchester City com valores recordes. Fez boas partidas no início e só. Fez beicinho e voltou para o Santos para ficar seis meses. E agora, de volta ao City, tenta forçar sua saída.

Nessa sexta, recebemos mais um integrante para essa lista de jogadores que forçam saída. A qualidade de Mascherano é indiscutível. Sem dúvida nenhuma um dos melhores volantes do mundo. Assim como o Liverpool é, por mais que não esteja em seu melhor momento, um dos maiores times do mundo. Gerrard e Fernando Torres, jogadores com mais pompa que Masch, também receberam sondagens para deixar os imagesReds, mas abraçaram a causa e ficaram.

Desde que Rafa Benítez deixou o clube, o volante argentino namora a Inter de Milão. Vendo que o time italiano não conseguiria pagar o valor necessário para tirá-lo de lá, foi atrás do Barcelona. Por mais de uma vez Mascherano afirmou que desejava sair, “mas que daria tudo pelo Liverpool enquanto estivesse lá”. Jogou muito contra o Arsenal e muitos acreditaram nisso. Até que, provavelmente mal assessorado, pediu para não ser relacionado para a derrota contra o City. Para Hodgson, o auge da birra, do beicinho. Preferiu não segurar o jogador.

Agora Mascherano está de malas prontas para a Catalunha, onde jura que vai ser feliz, que sua família vai se adaptar e tudo mais. Mas, perguntar não ofende: e se der errado? Beicinho neles!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A ovelha negra da Inglaterra

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Estava perto de ser mais um dia de glória no futebol inglês. Todos os clubes locais classificados para as fases eliminatórias das competições européias estavam garantindo vaga nas fases de grupos. O Tottenham goleara o Young Boys na quarta-feira e o Manchester City não encontrava dificuldades contra o Timisoara, da Romênia, vencendo por 2 a 0.

Enquanto isso, no Villa Park, Heskey marcava de peito, aos 77 minutos, o gol que também garantiria o Aston Villa na fase seguinte daHabib-Beye-Aston-Villa-Rapid-Vienna-Europa-Le_2494810 Europa League. O adversário era o Rapid Vienna, algoz da eliminação dos Villans na temporada passada, na mesma fase eliminatória. E não é que deixaram escapar a classificação? Com dois gols em três minutos  (78 e 81), o time austríaco virou a partida e eliminou mais uma vez seu freguês. E Petrov ainda perdeu um pênalti durante a partida…

A torcida do Aston Villa tem que ficar preocupado. O sinal de alerta já está piscando. Martin O’Neill pediu demissão, o time estreou bem contra o West Ham na EPL, perdeu Milner para o City, tomou 6 do Newcastle na rodada seguinte e, quatro dias depois, veio a vergonhosa eliminação no Villa Park. O novo técnico é uma necessidade urgente. Caso contrário, a temporada que poderia ser mais uma vez positiva, estará fadada ao fracasso.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Podcast #2

(clique aqui se preferir baixar para ouvir no seu player)

Está no ar o segundo podcast do Premier League Brasil. Luccas de Oliveira e Daniel Hippertt comentam o que de melhor aconteceu a segunda rodada, repleta de goleadas por 6 x 0, e também sobre a classificação do Tottenham para a fase de grupos da Champions League.

Esperamos que gostem. Semana que vem tem mais!

O garçom e o gigante

O sonho virou realidade no White Hart Lane. Quase 50 anos depois da última participação, o Tottenham está na fase de grupos da Champions League.

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Já que era para ser um dia histórico, nada melhor do que a classificação  vir em um baile contra o Young Boys, da Suíça, que parecia só uma cópia pirata do time que complicou a vida dos Spurs na última semana.

Um gigante matador e um garçom-maestro foram os protagonistas do 00crouch_1113252ashow. Peter Crouch mostrou que seu faro de gol está em dia e marcou  um hat-trick, dois gols de cabeça e um de pênalti. Crouch é grandalhão, meio desengonçado, mas tem seu valor. Sabe se posicionar, tem bom cabeceio e taticamente é muito importante, pois sempre “prende” um ou mais zagueiros com ele, abrindo espaço para seus companheiros.

E o tal garçom-maestro? Gareth Bale é ótimo jogador e está na sua melhor fbaleorma. Provando em números, participou de 7 dos 8 gols dos  Spurs na temporada. No duelo dessa quarta, cruzou para os dois gols de cabeça de Crouch, deu o passe para Defoe marcar o segundo do jogo e sofreu o pênalti do quarto. Por ser galês, provavelmente nunca veremos Bale em uma Copa do Mundo. Azar nosso.

Um garçom e um gigante. Bale e Crouch. Esses dois nomes estarão na cabeça dos torcedores dos Spurs na noite dessa quarta, enquanto estiverem bebendo suas cervejas nos pubs de Londres. Uma noite histórica como essa é digna de comemoração. Tomara que o sorteio dos grupos que acontecerá nessa quinta não potencialize a ressaca dos torcedores.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Laços de família



O assunto da semana na Premier League foi a mais nova dupla de irmãos a jogarem juntos no campeonato: o escocês Steven Caldwell foi contratado pelo Wigan Athletic junto ao Burnley e se juntou ao irmão Gary, que chegou no início do ano vindo do Celtic e atualmente é o capitão da equipe comandada por Roberto Martínez.



Outros irmãos também são destaques na Premier League: os gêmeos brasileiros Rafael e Fábio ainda não jogam juntos frequentemente, mas certamente estarão atuando lado a lado num futuro próximo com a camisa dos Red Devils. O marfinense Kolo Touré agora conta com a presença de seu irmão Yaya, um dos grandes nomes que reforçaram o elenco do Manchester City para esta temporada.


Os irmãos Gary e Phil Neville certamente formaram a dupla familiar mais vitoriosa da Premier League. Ambos subiram ao mesmo tempo das categorias de base para o elenco profissional do Manchester United e juntos conquistaram 6 campeonatos, uma Liga dos Campeões e 3 Copas da Inglaterra antes de Phil se transferir para o Everton em 2005.


Shaun e Bradley Wright-Phillips (filhos de Ian Wright, ex-jogador e ídolo do Arsenal) jogaram juntos no Manchester City na temporada 2004-05. Shaun se destacou e foi negociado com o Chelsea na temporada seguinte. Bradley passou a maior parte do tempo no banco de reservas e foi negociado com Southampton também na temporada seguinte. Atualmente, Shaun voltou ao Manchester City e Bradley joga no Plymouth Argyle.


Luke e Stefan Moore foram destaques nas categorias de base do Aston Villa, sendo campeões da Copa da Inglaterra de Futebol de Base em 2002. Ao subirem para o elenco profissional em 2003, a dupla não conseguiu manter a consistência demonstrada nos tempos de base e deixaram o clube. Atualmente, Luke joga no West Bromwich e Stefan joga no Halesowen Town.


Outros irmãos jogaram no mesmo clube, mas em épocas diferentes: Rio e Anton Ferdinand (West Ham), Justin e Gavin Hoyte (Arsenal) e Lomana e Kazenga LuaLua (Newcastle).

A segunda rodada em números

Fatos curiosos envolvendo números marcaram a segunda rodada da temporada 2010-11 da Premier League. Confira:

2 - Em 2010, Tim Cahill (Everton) marcou apenas dois gols nos jogos pelo campeonato em Goodison Park. Os outros 5 gols que assinalou neste ano foram marcados fora de casa.

5 - Gareth Bale (Tottenham) marcou 5 gols nas 8 últimas partidas em que esteve campo pela Premier League. Bale marcou um double (dois gols na mesma partida) na vitória por 2 a 1 dos Spurs sobre o Stoke City, fora de casa.

6 - Pela primeira vez em um final de semana de Premier League, três times venceram por 6 a 0 na rodada: Chelsea (Wigan), Arsenal (Blackpool) e Newcastle (Aston Villa). Os Blues já haviam atingido a marca na rodada passada, ao derrotar o West Bromwich .

10 - Johan Elmander marcou 10 gols com a camisa do Bolton pelo campeonato. Oito deles foram marcados fora de casa, incluindo o double na vitória por 3 a 1 dos Trotters sobre o West Ham.

14 - O Arsenal venceu 14 das 15 últimas partidas em casa pelo campeonato no mês de Agosto.

16 - O Birmingham City não perde há 16 jogos pelo campeonato no St. Andrew's Stadium.

20 - É o saldo de gols do Chelsea nas três últimas partidas do Chelsea pelo campeonato, uma marca inédita na história da primeira divisão inglesa.

21 - Tim Cahill (Everton) marcou pelo menos um gol em 21 dos 30 clubes que já enfrentou pela Premier League. O Wolverhampton foi a mais nova vítima do australiano.

25 - Com 25 anos e 182 dias, Micheal Oliver se tornou o mais novo árbitro da história da Premier League ao arbitrar o jogo Birmingham 2 x 1 Blackburn. Oliver baixou a marca anterior pertencente à Stuart Attwell, que na época tinha 25 anos e 322 dias.

38 - É o número de gols marcados nos 10 jogos da segunda rodada, uma média de 3,8 gols por partida.

50 - O duelo contra o Manchester City foi a 50ª partida pela Premier League do Liverpool numa segunda-feira.

102 - Marcando o primeiro do Manchester United no empate em 2 a 2 com o Fulham, Paul Scholes atingiu, com a camisa dos Red Devils, a marca de 102 gols pela Premier League e 150 por todas as competições.

150 - Tim Howard (Everton) completou 150 jogos pelo campeonato com a camisa do Everton no duelo contra o Wolverhampton Wanderers.

496 - É o número de minutos que o Chelsea não sofre um gol sequer do adversário em jogos pela Premier League. O último a balançar as redes dos Blues foi Gareth Bale (Tottenham), há 4 meses (17 de Abril).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

De seis em seis…

Se na semana passada Chelsea e Blackpool chamaram a atenção ao golearem West Brom e Wigan, respectivamente, a segunda rodada da Premier League 2010-11 foi além nesse final de semana. Média fantástica de 3,8 gols por partida, três goleadas por 6 a 0 e nenhum jogo sem gol.

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No sábado, o Arsenal alcançou sua primeira vitória na Premier League ao aplicar um elástico – o primeiro da rodada – placar de 6 a 0 sobre o Blackpool. Os Tangerines não viram a cor da bola, muito menos a da camisa de Theo Walcott, que acabou com o jogo e alcançou o seu primeiro hat-trick na Premier League. O atacante mostra que além da facilidade em servir seus colegas, em jogadas de velocidade pela ponta-direita, tem também um faro de gol que estava meio adormecido, mas com a confiança da trinca de sábado, pode ajudar muito a temporada dos Gunners – isso se não for atingido pela “maldição das lesões”, já famosa em sua equipe.

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Incomodado ao ver que o rival londrinho havia igualado sua goleada da primeira rodada, o Chelsea resolveu “duplicá-lo” e fez mais um adversário sentir o que é sofrer seis gols na mesma partida. O coitado da vez foi o Wigan, que tem seríssimos problemas defensivos e é favorito ao rebaixamento se não mudar muita coisa no DW Stadium. Os destaques do massacre foram os doubles – quando o jogador marca duas vezes na partida – de Kalou e Anelka, aproveitando uma rara ocasião que Drogba deixou de lado o posto de artilheiro para virar o de garçom, participando diretamente de quatro dos três gols dos Blues.

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Até que veio o domingo e quando achávamos que já estava bom demais de goleadas, apareceram os bigodudos do Newcastle – alguns jogadores haviam prometido que só raspariam os bigodes após a primeira vitória na volta à EPL -  para nos surpreender. Contando com a impressionante força de sua torcida no St. James Park – fundamental para a recuperação da equipe após o rebaixamento – os Magpies não tomaram conhecimento do Aston Villa e aplicaram mais um 6 a 0 na rodada. Destaque para o hat-trick do promissor atacante Andy Carrol, jogador da seleção sub-21 da Inglaterra. Se os Villains achavam que a falta de um técnico experiente não seria problema depois da estreia vitoriosa contra o West Ham, a bela ducha de água fria do Newcastle deve abrir o olho de Randy Lerner, dono do clube.

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Por fim, no – podemos considerar - clássico da rodada, não tivemos 6 a 0, mas o equilíbrio que marca partidas desse tipo tornam o 3 a 0 do Manchester City sobre o Liverpool quase uma goleada. Vitória tranquilíssima dos Citizens, mesmo com vários desfalques, o que mostra a qualidade do elenco, um dos melhores da Inglaterra. A boa estreia de Milner e a bela movimentação do jovem Adam Johson chamaram atenção no City, enquanto o bate-cabeça de N’gog e Fernando Torres no setor ofensivo dos Reds mostrou que a escalação adotada por Roy Hodsgon não foi a ideal.

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Assim terminou a segunda rodada da Premier League 2010-11, que teve ainda o empate de 2 a 2 entre Fulham e Manchester United – que teve pênalti a favor, desperdiçado por Nani. O jogo terminou empatado, mas um jogador saiu vitorioso: o zagueiro Hangeland, dos Cottagers. Quando o placar marcava 1 a 1, a bola encontrou o jogador após confusão na própria área e morreu no fundo do gol. O gol contra poderia torná-lo vilão. Poderia. Mas no final da partida, Hangeland marcou o tento de empate, se recuperou e saiu aplaudido.

Por falar em aplausos, Arsenal, Chelsea e Newcastle foram os que mereceram homenagem no final de semana. Será que conseguiremos ver essa média de gols mantida nas próximas rodadas? Se continuar assim…

Dancing with the Stars

Manchester City e Liverpool entraram em campo hoje pela segunda rodada da English Premier League. O City of Manchester Stadium estava lotado de esperança e fé no milionário time que os Sky Blues montaram para a atual temporada - tendo inclusive promovido a estreia de Milner . Os Reds entravam em campo com a tradição e o peso da camisa falando mais alto que o futebol jogado, assim como visto já na primeira rodada. A equipe da casa chamou os visitantes para uma dança, que acabou por se transformar em baile, com o placar marcando 3 a 0 ao final da partida.
Man City midfielder Gareth Barry (left) celebrates his scoring after an assist from James Milner (right)
O City não era o mesmo time apático que se apresentara contra os Spurs no último jogo. Com o mando de campo e a torcida jogando junto, os citizens dominaram as ações do jogo e deram, enfim, aquilo que se espera deles: vitórias. Milner e Adam Johnson encaixaram-se bem no sistema montado por Mancini e aterrorizavam os zagueiros adversários. Eram tão envolventes que logo deram resultado. Em troca de passes entre Adam e Yaya Touré, o segundo encontrou Milner - o estreante do dia -, livre na área, que realizou cruzamento rasteiro para finalização certeira de Barry - seu ex-companheiro de Aston Villa.

O primeiro tempo se deu por encerrado e não se notava a presença do Liverpool em campo. Toda a iniciativa havia partido do time da casa.
Carlos Tevez touches in a Micah Richards header to put Man City 2-0 up against Liverpool
O jogo voltou e os Sky Blues seguiam melhores, explorando os erros do adversário e jogando com calma e simplicidade. Ampliaram o marcador sem fazer força: aos 51 minutos, Richards subiu mais que todos na área após cobrança de escanteio e testou a pelota para as redes, com Reina tendo sido atrapalhado por Tévez.

Seria errado dizer que os Reds deixaram por isso mesmo, que se entregaram. Ao tomar o segundo gol, partiram para cima buscando diminuir o placar a qualquer custo. Tiveram boa oportunidade aos 53 com Gerrard chutando em cima da zaga e novamente aos 57 - em uma das jogadas que fazem o futebol ter graça -, com o capitão fazendo a bola explodir na trave e a dupla de ataque, Ngog e Torres, parando em duas magníficas defesas de Hart, no rebote.

O City jogou uma ducha de água fria nas pretensões do adversário quando Johnson, após costurar a zaga vermelha, foi derrubado por Skrtel dentro da área. Pênalti bem cobrado por Tévez, bola de um lado, Reina de outro.

Ao fim da partida, os torcedores dos Sky Blues devem pensar que o céu é o limite e têm a sorte de a conta bancária do clube ultrapassar qualquer limite.

Prévia - 2ª Rodada - Segunda - 23/08

Confira abaixo a prévia da partida que fecha a 2ª rodada:



MANCHESTER CITY x LIVERPOOL

City of Manchester Stadium, 16h - Manchester City e Liverpool adoram ficar iguais. Na última temporada, dois empates: 2 a 2 em Liverpool (com os dois gols marcados no segundo tempo) e 0 a 0 em Manchester. Nesta temporada, ambos empataram na partida de estréia e venceram por 1 a 0 nas partidas de ida dos Playoffs da Liga Europa na semana passada. Cinco dos sete últimos confrontos entre as equipes terminaram empatados. A escassez de gols também virou tradição no duelo: apenas 16 gols marcados nos 11 últimos confrontos. O Manchester City venceu apenas uma das seis últimas partidas pela Premier League, no entanto, para derrotar os Reds, os Citzens esperam contar com a força da torcida no City of Manchester Stadium, onde conquistaram 40 pontos dos 67 possíveis na temporada passada. Os Reds venceram apenas uma das 9 últimas partidas fora de casa. Caso vença a partida, o Liverpool alcançará a histórica marca de 2000 vitórias no campeonato.


O técnico Roberto Mancini não terá Boateng (joelho), Kolarov (tornozelo), Bridge (pé) e M. Johnson (joelho) a sua disposição. Mario Balotelli (joelho) é dúvida para a partida. O técnico Roy Hodgson não terá Joe Cole (suspenso) a sua disposição. Daniel Agger (traumatismo craniano) e Mascherano (panturrilha) são dúvidas a partida.


ÁRBITRO: Phil Dowd

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - MANCHESTER CITY: Hart; Richards, K. Touré, Kompany, Zabaleta (Lescott); Y. Touré, Barry, Milner; A. Johnson (Wright-Phillips), Silva e Tevez (Adebayor).

PROVÁVEL ESCALAÇÃO - LIVERPOOL: Reina, Johnson, Carragher, Skrtel, Fábio Aurélio; Lucas, Mascherano (Poulsen); Kuyt, Jovanovic; Gerrard e Torres (N'Gog).

domingo, 22 de agosto de 2010

O vilão que virou herói

Por mais estranho que pareça o título, o futebol é capaz de nos proporcionar momentos como a antítese que encabeça esse post. Os goleiros são os que mais sofrem com os altos e baixos da bola. Um exemplo bem recente é o de Pepe Reina, que seria o herói do clássico entre Liverpool e Arsenal se não virasse o vilão ao falhar e entregar o empate para o Arsenal nos minutos finais da partida. Entretanto, nem sempre os arqueiros são os vilões. Stockdale e van der Sar tiveram grandes atuações e se dependêssemos da performance dos dois, teríamos um empate sem gols no duelo entre Fulham e Manchester United. Quem sentiu na pele o que é ser vilão e ser herói foi o zagueiro Brede Hangeland, do Fulham, como você verá a seguir.


O Manchester United começou pressionando e abriu o placar com Paul Scholes, 35 anos, que acertou um lindo chute fora da área e fez a festa da torcida visitante, em peso nas arquibancadas do estádio. Sem temer a grandeza do adversário, o Fulham usou a força do Craven Cottage e equilibrou a partida. O empate chegou no início do segundo tempo, após a bela triangulação entre Duff-Zamora-Davies, com a conclusão do último. A igualdade no placar só aumentou o equilíbrio da partida. Os escanteios dos Manchester United ameaçavam constantemente a meta dos Cottagers, e em um deles, a bola desviou em Hangeland e surpreendeu o goleiro Stockdale, que nada pôde fazer para evitar o segundo gol dos Red Devils.


Hangeland, um dos ídolos da torcida do Fulham, certamente se abateu ao dar a vantagem de bandeja para o Manchester. Seria o vilão e capa dos principais tablóides ingleses. Para piorar a situação de Hangeland, poucos minutos depois, os Red Devils tiveram um pênalti a seu favor, mas o promissor Stockdale salvou os Cottagers defendendo a cobrança de Nani. A partir daí, entrou a beleza do futebol. O vilão Hangeland saiu de seu inferno astral e virou herói ao empatar o jogo nos últimos minutos da partida, fechando o placar em 2 a 2.


Para ambos, o resultado não foi ruim. Ganhar do Manchester United é uma tarefa tão complicada quanto ganhar do Fulham em Craven Cottage. Se houve um vencedor, este foi Brede Hangeland, o vilão que virou herói.

O fim dos bigodinhos

Durou duas rodadas o visual bigodudo de parte dos jogadores do Newcastle United. Eles, que haviam prometido só raspar os bigodes depois da primeira vitória no retorno do clube à elite inglesa, agora podem comemorar o fato de ser o terceiro clube (ao lado do Chelsea e Arsenal) na Premier League a massacrar o adversário com o elástico placar de 6 a 0. Sem James Milner - negociado com o Manchester City -, referência do time no meio campo, o Aston Villa se limitou a assistir o show dos Magpies.


A história deste post poderia ser outra se o norueguês John Carew tivesse convertido um pênalti para o Aston Villa com pouco menos de 10 minutos do primeiro tempo, com o placar ainda inalterado. Três minutos depois, Joey Barton, mentor da idéia dos bigodinhos, acertou um belo chute de fora da área e abriu a porteira dos Villans. O promissor Andy Carrol, atacante da seleção sub-21 inglesa, foi um dos destaques do jogo, marcando um Hat-trick (3 gols na mesma partida). Kevin Nolan completou a goleada marcando um Double (2 gols na mesma partida).


Ganhar por 6 a 0 está na moda. Quando ganhar desse jeito parecia ser um privilégio de Chelsea e Arsenal, os Magpies mostraram que mesmo após a decepcionante estréia, são capaz de demonstrar tamanho poder de fogo.