terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vitória da retranca, derrota da prepotência

Sir Alex Ferguson é um dos maiores treinadores da história do futebol mundial. Há mais de 20 anos no comando do Manchester United, consagrado, ganhou tudo o que se possa imaginar, formou grandes equipes e etc. Mas o título da nobreza não o diferencia dos demais “mortais”. Traduzindo, o experiente manager também pode errar.

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Nessa terça, ele errou. Escalou oito reservas para a estreia dos Red Devils na Champions League, visando o clássico de domingo contra o Liverpool, em casa. Repare no dia: domingo. Ou seja, faltam cinco dias para a próxima partida, tempo suficiente para a recuperação física de jogadores em começo de temporada. Achou que venceria os escoceses do Rangers com um time misto, reforçados por Ferdinand, Fletcher e Rooney.

Acontece que o time adversário veio com o intuito de sair com um ponto de Old Trafford. Para isso, não teve vergonha em formar um retranca clássica. Quando os Red Devils atacavam, eram 10 “escoceses” atrás da linha do meio-campo – Miller parecia o Robinson Crusoé, isolado no meio dos defensores do Man Utd. Com isso, as únicas jogadas de perigo do time inglês vinham através dos chutes de longa distância de Gibson.

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Nada mais natural que o resultado final fosse o empate. E a partida no Teatro dos Sonhos terminou com o placar inalterado e um prejuízo para Ferguson. O equatoriano Antonio Valencia fraturou o tornozelo esquerdo após dividida com Broadfoot – sem maldade – e deve ficar de fora do resto da temporada.

Assim, o Rangers, que fez cera e se defendeu por 90 minutos, saiu como “vencedor”, com o objetivo alcançado. O Manchester United desperdiça dois pontos em casa, que podem fazer falta mais para frente – apesar da fragilidade do grupo. Agora, com dois frustrantes empates seguidos, os Red Devils encaram o Liverpool de cabeça baixa.

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