quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O fim de uma dura queda de braço

A Alta Corte anunciou seu veredicto nesta quarta-feira, dando ganho de causa ao Royal Bank of Scotland (RBS), encerrando um dos períodos mais conturbados da história do Liverpool. Isso significa que os antigos donos, os americanos Tom Hicks e George Gillett, foram afastados do clube e já não podem mais interferir no processo de venda.


Diretoria autônoma do Liverpool deixa a corte eufórica com a decisão

A confusão começou quando Hicks e Gillett quebraram o acordo que havia sido feito com o banco escocês na última renegociação da dívida, ao
desmentirem Martin Broughton (presidente) e ainda demitirem o diretor comercial Ian Ayre e o chefe-executivo Christian Purslow, que também haviam anunciado o acordo com o New England Sports Ventures (NESV) na última semana. O caso foi parar na justiça e o resultado foi anunciado na manhã de hoje.


Martin Broughton

Com a vitória do RBS, Purslow e Ayre voltam a desempenhar suas funções ao lado de Broughton para conduzir o processo de venda. Resta saber agora quem será o novo dono do Liverpool. O mais provável é que os Reds passem a ser controlados pelo conglomerado de investidores norte-americanos NESV, liderados por John W. Henry. Entretanto, Peter Lim (bilionário de Singapura) e Mill Financial (outro fundo norte-americano) também estão na disputa. Uma reunião na tarde ou noite de hoje definirá essa questão.


John W. Henry

Os antigos donos ainda podem apelar da decisão, mas o próprio juiz acha muito difícil que o caso tenha alguma reviravolta, e o recurso não impedirá a venda do clube nas próximas horas. Há o risco do Liverpool entrar em concordata - fazendo com que os Reds percam 9 pontos na tabela -, no entanto, a probabilidade é mínima, afinal, Hicks e Gillett eram os responsáveis pela dívida com o RBS, e como é o próprio banco que conduz o processo, não faria sentido anunciar uma concordata.

A novela acabou? Ainda não. Entretanto, são grandes as chances de que os novos capítulos resultem em um final feliz.

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